Título: Supernatural – The Animation
Ano: 2011
Direção: Shigeyuki Miya e Atsuko Ishizuka
Episódios: 22
Temporadas: 1
Gênero: Fantasia, Ação, Drama.
Supernatural – The Animation, é um anime baseado na série americana de sucesso no mundo inteiro Supernatural. A primeira temporada teve 22 episódios e sua história cobriu as duas primeiras temporadas da versão hollywoodiana em live-action. A ideia não foi fazer um remake, mas criar também episódios originais, que mostraram a infância dos irmãos Winchester, personagens secundários da série original e vilões exclusivos para o anime.
Sam e Dean Winchester são irmãos que possuem uma ligação muita forte com o mundo sobrenatural. Tudo começou quando ambos não passavam de crianças e perderam sua mãe de forma trágica. A partir disso e com a influência do pai que se tornou um caçador desde a perca da sua esposa e que nutre um ódio profundo por toda e qualquer criatura sobrenatural, ambos caem na estrada em busca de casos especiais para solucionar ao mesmo tempo em que tentam resolver os próprios conflitos familiares que os perseguem sem cessar.
Supernatural The Animation foi um projeto desenvolvido por uma empresa japonesa, mas que além de contar com a parceria da Warner Bros, teve supervisão do Eric Kripke – o criador da série de televisão. Em sua primeira temporada o espectador pôde ver histórias da primeira e segunda temporada da série, bem como, histórias novas que foram criadas especialmente para o anime. Com um roteiro mais enxuto que o da série, cada episódio conta com quase vinte e dois minutos de duração repletos de um bom desenvolvimento e que dá prosseguimento ao ar sombrio e misterioso que tanto marcaram a série ao longo de suas oito temporadas. Possuindo uma versão com áudio em japonês e outra em inglês, é evidente que os traços dos personagens e cenários são carregados de características orientais, o que incomodou alguns fãs que esperavam uma animação um pouco mais americanizada, já que toda a trama se passa em cidades dos Estados Unidos, assim como, na série.
Contudo, isso não me incomodou. Assisti compulsivamente cada episódio e ao término deles fiquei querendo mais. Principalmente porque além deles terem conseguido fazer um anime assustador, as histórias que foram desenvolvidas durante essa temporada focou no que realmente importava para o espectador ver, como também, presentearam os fãs com vários vislumbres da infância dos irmãos Winchester. Eu como fã que já assistiu todas as temporadas mais vezes do que posso contar, não tive tantas surpresas com as histórias, mas tenho certeza de quem assistiu uma única vez, ou não assiste a série há algum tempo, irá ter uma maravilhosa experiência com o anime. Além disso, como essa temporada abordou duas temporadas da série, a expectativa para uma próxima temporada é grande, mas infelizmente ainda não há nada confirmado, restando aos fãs apenas mais um longo tempo de espera até que tudo seja decidido.
No entanto, em muitos países do ocidente - incluindo o Brasil - a palavra otome ganhou um significado bastante diferente do original. A expressão é tomada como o feminino de otaku, ou seja, meninas que são fãs de animês e mangás (desenhos animados e revistas em quadrinho japoneses) ou da cultura pop japonesa em geral.
Mas, a relação entre a palavra otome e os otakus no Ocidente possui uma justificativa lógica. Em Tóquio, no Japão, existe uma rua chamada "Otome Road", com várias lojas e produtos destinados aos otakus de animês e mangás, sendo frequentada predominantemente por meninas. As jovens otakus vão à Otome Road em busca de Yaois (uma categoria de animês e mangás que apresenta no enredo relações homossexuais entre os seus protagonistas, predominantemente formado por homens).
Por causa do grande número de meninas otakus que frequentam a Otome Road, o termo começou a ser associado para diferenciar os fãs de animês e mangás do sexo masculino e do feminino. No entanto, esta diferenciação só é utilizada, erroneamente, no Ocidente.